domingo, 29 de março de 2015

Apresentação

Bom dia a todos!
Através deste blog eu, Mayla Diniz e Victor Fernandes, psicólogos, temos o interesse de divulgar o trabalho da terapia cognitivo-comportamental. Procuraremos abordar diversos temas que possam ser do interesse tanto de colegas psis quanto de pacientes ou daqueles que ainda tem alguma dúvida com relação à possibilidade de procurar a terapia.
Ao lado tem mais informações sobre nós.

Neste primeiro post trataremos, portanto, da Terapia Cognitiva através de uma postagem bem introdutória já publicada em outro blog por mim. Boa leitura!

A Terapia Cognitiva, bastante conhecida como Terapia Cognitivo-comportamental, foi desenvolvida por Aaron Beck na década de 60; hoje abrange mais de 20 abordagens, mas todas elas compartilham de pressupostos em comum.
De forma bem resumida, para a Terapia Cognitiva, cognições (pensamentos, imagens, memórias etc), emoções e comportamentos estão interligados, de forma que a mudança em um gera mudança nos outros dois, ou seja, se ganho na loteria posso pensar que sou muito sortudo, me lembrar de tudo que havia pensado em fazer com o dinheiro, me sentir muito feliz e sair comprando e distribuindo dinheiro por aí...rs. O mesmo acontece quando é algo negativo que nos ocorre, gerando pensamentos, emoções e comportamentos negativos; o "pulo do gato" é que o que vai determinar como esses 3 fatores irão surgir é como eu vejo a situação, no mesmo exemplo, portanto, uma pessoa que ganhou na loteria pode ficar com muito medo de ser assaltada diante de tanto dinheiro e se esconder. 
A terapia trabalha inicialmente, portanto, em cima dessas questões, de forma a aliviar os sintomas negativos, diminuir nossos pensamentos negativos ou criar um novo repertório comportamental; à medida que a terapia evolui entramos em contato com as crenças (sobre o "eu", sobre o futuro e sobre o mundo/os outros), que são muito profundas e enraizadas e responsáveis por "comandar" aqueles 3 fatores. Dessa forma, a ideia de que a TCC é superficial é um mito; o que acontece muitas vezes é que ao ver melhora, o paciente sai da terapia, mas como sua base não foi trabalhada, ele acaba recaindo!
Essas diversas abordagens tem como aspecto positivo tornar o trabalho clínico mais rico, pois acabam focando em determinados aspectos; além disso, a Terapia Cognitiva tem a característica de ser integrativa, ou seja, pode-se utilizar técnicas de diferentes abordagens, desde que você saiba qual o objetivo e as utilize com profissionalismo. Não é atoa que muitas técnicas até mesmo da Gestalt também são usadas em alguns casos.
Portanto, nossa intenção é tornar esse espaço bem rico e que vocês possam participar com suas dúvidas e sugestões.


Por Mayla Diniz