quinta-feira, 28 de maio de 2015

Habilidades Sociais

Habilidades sociais, empatia, resiliência, assertividade, fatores de proteção e fatores de risco dentre outros termos hoje em dia estão à tona, tanto no senso comum, quanto no meio acadêmico e de pesquisas. De um campo teórico recente, comparado a outros da ciência, ou da própria psicologia, instigam profissionais da área e a leigos que tenham interesse pelo assunto.
Para vários autores da área, os termos "assertividade" e "habilidades sociais" por um lado e  "treinamento de assertividade" e "treinamento de habilidades sociais" por outro lado, são equivalentes, dessa forma então podemos perceber que um comportamento assertivo para uma determinada situação, é inerente de habilidades que um indivíduo tem acerca de algum campo de sua vida.
De acordo com Caballo (1986), o comportamento considerado hábil é esse conjunto de comportamentos emitidos por um indivíduo em um determinado contexto interpessoal que expressa sentimentos, atitudes, desejos opiniões ou direitos desse indivíduo de modo adequado à situação, respeitando os sentimentos dos demais, enquanto resolve problemas imediatos da situação e minimiza a probabilidade de problemas futuros. E para melhor explicar o conceito do comportamento social hábil, implica em observar três componentes da habilidade social, que seriam: uma dimensão do comportamento (tipo de habilidade), uma dimensão pessoal (variáveis cognitivas) e a dimensão situacional (contexto ambiental) (Caballo, 2003).
Situações diversas necessitam de respostas diversas para que o comportamento seja considerado assertivo, seja para "criar uma relação intima", quanto para "pedir informações", "ter uma conversa agradável" e por aí adiante. Para entender melhor as respostas emitidas que abrangem as habilidades sociais, é importante analisar as doze dimensões comportamentais que são mais aceitas na teoria, que são: Fazer elogios; Aceitar elogios; Fazer pedidos; Expressar amor, agrado e afeto; Iniciar e manter uma conversação; Defender os próprios direitos; recusar pedidos; Expressar opiniões pessoais, inclusive de desacordo; expressar incomodo, desagrado ou  enfado justificados; Pedir mudança de conduta do outro; desculpar-se ou admitir ignorância; Enfrentar críticas. Embora essas sejam as mais aceitas, ainda existem outras, que também são aceitas na teoria.
E eis que surge a indagação, como nós formamos um padrão de comportamento que pode ou não ser assertivo? Como criamos padrões de comportamentos distorcidos para uma realidade, um contexto social? Não há dados que corroborem com exatidão essas perguntas, mas a infância é um período crítico na aquisição de tais comportamentos. Dessa forma analisamos não só fatores biológicos, genéticos, mas também fatores aprendidos nas relações, com a escola, grupo de amigos e os pais ou criadores. Os Pais, pois de acordo com o estilo parental de cada um, é criado relações com seus filhos e formas com as quais vão formar o modo como estes agirão em sociedade, amigos, escola e grupos sociais como fortes formadores de opinião e conduta, fatores biológicos e genéticos, como formadores do temperamento.
E para um padrão de comportamento aprendido, é possível reaprender, treinar outras formas de se atuar diante a uma situação. Então, depois de entender um pouco o que são habilidades sociais, é hora de entender um pouco sobre o treinamento.
O treinamento de habilidades sociais pode ser realizado em forma individual, e em grupo, pode ser feito de forma preventiva, ou com o indivíduo já em tratamento de algum transtorno, como depressão, ansiedade, uso abusivo de substancias e etc. Pode ser feito em todas as idades. O que é visado em todos esses casos, são adequar comportamentos desadaptados e disfuncionais em relação a um grupo, a uma realidade, a uma sociedade, deixando comportamentos mais assertivos e adaptados para cada realidade, melhorando a qualidade de vida dos indivíduos em tratamento/treinamento.
Tentando voltar um pouco mais ao tratamento clínico de alguns transtornos, vemos que alguns autores concordam em dizer que "indivíduos que apresentam déficits extremos no funcionamento social foram encontrados, em geral, em instituições mentais ou reformatórios, dependendo de quão aceitáveis, desadaptavas ou antissociais tenha sido identificado teus comportamentos" (Eisler e fredericksen, 1980, p.4).

Mas não somente a casos principais de psicopatologia, mas também são associados a comportamentos disfuncionais como, problemas sexuais, abuso de álcool, problemas relacionais, impulsividade, comportamentos antissociais, mau cumprimento de regras e leis entre vários outros.


Por Victor Fernandes

*imagem retirada da internet

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Foco no presente

       Onde você geralmente se encontra? No passado, no presente ou no futuro? Há uma frase que diz que "depressão é excesso de passado em nossas mentes e ansiedade é excesso de futuro".
       Fato é que ficar se culpando por coisas passadas ou mesmo se lamentando por um passado que era muito melhor gera um rebaixamento de humor; por outro lado, a ansiedade é gerada por um excesso de preocupações quanto ao futuro. Não estou dizendo que não podemos nos recordar de coisas que se passaram ou que não devamos nos preparar para novas situações, o problema ocorre quando "estacionamos" em um desses pólos e esquecemos de viver o momento presente. Dessa forma, esquecemos de valorizar as pessoas que estão ao nosso redor, não apreciamos verdadeiramente os momentos pelos quais passamos e, obviamente, adoecemos.
        Quando nosso funcionamento está fortemente em um dos pólos, concentrar-se no presente não é algo muito fácil, portanto algumas técnicas podem ser de grande auxílio. O Mindfulness é uma delas, análogo à meditação, para praticá-lo é necessário retirar alguns minutos de seu dia, às vezes 5 ou 10 minutos já podem ser suficientes. Esta técnica consiste em se focar em sua respiração durante esse tempo e deixar os pensamentos passarem; os pensamentos tentarão "roubar" sua atenção, mas você simplesmente volta o foco para sua respiração, sem qualquer tipo de julgamento.
        No entanto, qualquer atividade que te "prenda" no momento presente é de grande auxílio, hoje uma atividade que está sendo bastante difundida é a dos livros para colorir, ao se focar na atividade você está focando no presente; mas você pode preferir correr, fazer quebra-cabeças, limpar a casa, enfim... perceba qual atividade faz você retirar o foco de preocupações ou de lembranças passadas e comece a trazer isso para o seu dia-a-dia, ou seja, quando perceber que está se preocupando ou lamentando demasiadamente volte o foco para aquilo que está fazendo.
         Atenção, não é fugir dos problemas e preocupações, mas não deixar aquilo que não tem solução, ou pelo menos solução imediata ou até mesmo o que pode ser resolvido com o tempo tomar conta de você, retirá-lo de coisas que merecem sua atenção; o mesmo com os pensamentos focados no passado.
         Se necessário, procure ajuda!

Para finalizar deixo uma frase do grande Buda:

"O segredo da saúde mental e corporal está em não se lamentar pelo passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas, mas viver sábia e seriamente o presente."


Por Mayla Diniz


*imagem retirada da internet